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Nutr1r@Admin2021

A festa hoje é na avenida: alimentação no carnaval

By Boas dicasNo Comments

Véspera de carnaval, e as pessoas mal podem esperar para colocar suas fantasias e cair na folia! Mas em meio a tanto calor, samba, desfile, trio elétrico, e festas de carnaval, é essencial que tenhamos alguns cuidados para aguentar bem os 4 dias de festa!

O primeiro segredo para manter a boa alimentação no carnaval, com certeza é manter o corpo bem hidratado. É essencial tomar muuita água (calcule, são cerca de 35mL de água por quilo de peso). Água de coco e sucos naturais podem ajudar pois contém minerais que também são perdidos com o suor – mas atenção, eles não substituem o consumo de água!

As bebidas alcoólicas não entram no saldo dos líquidos, pois são agravantes na desidratação. Por tanto, para aqueles que não abrem mão delas, a palavra aqui é moderação! E intercalar 1 copo de bebida alcoólica com 1 copo de água ajuda bastante!

O segundo segredo é, claro, alimentar-se bem! É importante que o café da manhã conte com fontes de carboidratos e proteínas para nutrir bem o organismo logo cedo: frutas, leite, cereais, aveia, pães, queijos, sucos naturais – todos eles são ótimas opções! Além disso, procure não passar mais do que 3 ou 4horas sem comer – então ter à mão um lanchinho rápido (como frutas, castanhas, sanduíche natural ou iogurte) é sempre uma ótima estratégia. (veja aqui um post com muitas opções para lanches intermediários)

Organize-se para ter sempre refeições completas, com uma fonte de carboidratos (massas, pães, cereais – para dar energia!), uma proteína magra (aves ou peixes) e uma boa porção de vegetais.

 

É também importante que as refeições sejam leves: alimentos gordurosos, muito açucarados ou de difícil digestão deixam o organismo mais devagar, o que provavelmente te deixará indisposto ou com sono antes da hora.

Se for comer fora de casa, fique atento às condições de higiene e manipulação de alimentos do local.

Fora isso, aproveite o feriado, e divirta-se!

 

Abaixo ao peito de peru!

By Boas dicas3 Comments

Já fiz postagens sobre isso no instagram (já segue? é @blognutrirbem) e não me canso de falar para meus pacientes: parem de comer peito de peru todos os dias! É normalmente uma daquelas informações surpresa para as pessoas, que vai contra o que elas sempre ouviram no que diz respeito à dieta / alimentação saudável. Então, eis aqui meus motivos para tirar o peito de peru da rotina:

1- não é uma fonte de proteínas!

Para ser uma fonte de proteínas o alimento precisa chegar em aproximadamente 30g de proteínas por porção. Então vamos aos cálculos:

peito de peru, proteína

Para consumir 30g de proteínas em peito de peru, seria necessário consumir 165g, o equivalente a 11 fatias de peito de peru! Mas será que vale a pena consumir 11 fatias de peito de peru?

2 – muito sódio!

As embalagens de peito de peru consideram 4 fatias como 1 porção, e nesta conta há aproximadamente 20% do sódio que deve ser consumido dentro de um dia. Mas considerando que 4 fatias não representam quase nada de proteínas, vou considerar 1 porção de peito de peru as nossas 30g de proteínas, portanto 11 fatias (165g).

Em 11 fatias de peito de peru, encontram-se aproximadamente 60% do nosso consumo diário de sódio!

peito de peru

Atualmente nossa alimentação está bem excessiva em sódio, principalmente porque optamos por consumir muitos alimentos industrializados, e o sódio é o responsável pela conservação do produto. Então quanto mais alimentos industrializados consumirmos, maior será nossa ingestão de sódio. Dentre os embutidos, a alta quantidade de sódio se dá pela quantidade de conservantes, estabilizantes e outros aditivos alimentares que são adicionados, e claro, variam entre as marcas. Mas no geral, grande parte dos aditivos alimentares contêm sódio e colaboram com estes altos valores.

peito de peru, sódio do peito de peru

O problema em se consumir muito sódio é que este nutriente quando em excesso pode atrapalhar no controle de pressão, aumentar a retenção hídrica, celulite (alô mulherada!) e outros desequilíbrios dentro do nosso corpo e metabolismo. Mas veja, o sódio é necessário, só não devemos consumir em excesso!

3- aditivos alimentares

Além do sódio, outro problema do peito de peru é a longa lista de aditivos alimentares. Sejam eles conservantes, corantes, realçadores de sabor, antioxidantes…

peito de peru, embutidos, corante no peito de peru

Na minha opinião, é muita química para para mínimo benefício. Um alimento mais natural, ou menos processado do que o peito de peru será mais vantajoso, e provavelmente com uma lista de ingredientes bem mais curta!

E agora? O que eu coloco no meu sanduíche?

A intenção deste post é mostrar que o peito de peru não é o alimento mais saudável do mundo, mas isto também não significa que você nunca mais deve comer peito de peru. Considere-o como opção de forma eventual, para os dias mais corridos ou quando der vontade. O problema se instala quando o peito de peru está presente diariamente, e às vezes até mais de uma vez por dia!

Então para reduzir a frequência de consumo do peito de peru, considero como opções justas aquelas que são realmente fontes de proteína, mas mais com cara de #comidadeverdade. Eu sempre sugiro para os meus pacientes: filé de carne vermelha ou frango, atum, sardinha, frango desfiado, carne desfiada, queijos brancos, queijo cottage, patês, ovos..

sanduiche de atum

Enfim, depende do objetivo da pessoa, estado de saúde, gostos pessoais, e a refeição à qual estamos nos referindo. Mas o que eu garanto é que não faltam opções mais saudáveis (e gostosas!) do que o peito de peru!

4 grandes motivos para nunca mais contar calorias

By Boas dicasOne Comment

Quando as pessoas descobrem que eu sou nutricionista, uma das primeiras perguntas que eu escuto é: “quantas calorias tem ________ (complete a lacuna)”, ou ainda “é verdade que __________ tem menos calorias do que ___________ (complete também estas lacunas)?”.

São questionamentos comuns e frequentes tanto dentro quanto fora do consultório, e a minha resposta é sempre a mesma: o valor calórico não é tão importante assim! É importante para o nutricionista, que vai calcular seu consumo alimentar e ajustá-lo ao seu metabolismo e objetivos nutricionais. Mas para as pessoas, não é vantajoso se prender ao número de calorias para basear suas escolhas alimentares.

Sei que nem sempre é fácil desapegar das calorias, então eu listei motivos para não precisar mais se preocupar com o valor calórico dos alimentos e não contar calorias em  2015 – nem nunca mais!!

#1 valor calórico não é tudo

Tomo como exemplo o que já falei neste post (Passe longe dos refrigerantes zero…): sim, um copo de suco de laranja tem bem mais calorias do que um copo de refrigerante light (que não tem nenhuma caloria), mas tem também muito mais vitaminas e minerais do que o refrigerante (que também não tem nenhuma vitamina ou mineral).

O ponto é que o benefício que os nutrientes do suco de laranja vão trazer para o seu corpo são muito maiores do que o “benefício” do refrigerante de não trazer nenhuma caloria. Além disso, estes refrigerantes são cheios de corantes, conservantes, adoçantes, acidulantes, nada benéficos para nosso organismo. Então, escolha os alimentos pelo tanto de benefícios que irão trazer, e não valor calórico.

NÃO CONTE CALORIAS, contar calorias

#2 o quanto esta diferença calórica influencia na sua vida (em termos de manutenção de boa saúde, peso…) ?

Ok, então a pessoa se convenceu a trocar o refrigerante zero por um suco natural. Mas opta sempre por suco de limão ou maracujá porque são menos calóricos. E aí eu digo, qual é a diferença entre o valor calórico de um copo de suco de limão/maracujá e um copo de suco de morango/melancia/abacaxi/acerola etc? E qual é o real impacto destas “calorias extras” sobre o peso e saúde desta pessoa? Será que faz mesmo tanta diferença assim? Na minha opinião, escolha o suco que estiver com vontade, independentemente do valor calórico.

No geral, nosso consumo calórico não é engessado e exatamente igual entre os dias: hoje você escolheu por salada de beterraba, e amanhã vai comer cenoura cozida – são alimentos diferentes, que têm valores nutricionais diferentes, e valores calóricos também diferentes. Nosso corpo está acostumado e sabe lidar com estas variações calorias que temos ao longo dos dias, sem que isso interfira no controle de peso. Então, preocupe-se em ter uma alimentação variada, com alimentos diferentes todos os dias, para manter uma oferta variada de nutrientes, e não se preocupe tanto com estas mínimas alterações calóricas.

#3 contar calorias é estressante!!

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Contar calorias, além de dar trabalho, transforma os alimentos e as refeições em verdadeiros momentos de estresse.

Um dos motivos do estresse, é que quando contamos calorias, o que muitas vezes acontece é que trocamos aquele alimento que estávamos com vontade por outro que não gostamos tanto, mas tem menos calorias – como o caso quando se mata a vontade de um doce com uma gelatina, por exemplo. E então, este momento de refeição que poderia/deveria proporcionar prazer, gera no lugar uma grande frustração por não poder comer aquilo que gostaríamos.

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Desta forma estabelecemos com os alimentos uma relação não-saudável. Os mais calóricos são vistos como proibidos ou alimentos ruins, e nos privamos deles. Mas, naquele momento em que nos permitirmos comer este item proibido, é bastante provável que controlar a quantidade seja muito difícil, gerando um exagero alimentar (e olha só, um exagero de calorias!).

PRIVAR-SE RADICALMENTE DE UM ALIMENTO GERA COMPULSÃO POR ESTE MESMO ALIMENTO!

Exagerar na quantidade ou consumir um alimento que você acredita ser proibido causa culpa, frustração e baixa auto-estima. Para ajustar as quantidades e frequências ideais destes alimentos que hoje você considera proibidos, não deixe de conversar com seu nutricionista. Mas acredite, considerar um alimento ou grupo alimentar “do mal ou proibido” não é o melhor caminho.

Por isso sou tão fã da reeducação alimentar, que te ensina que comer de forma saudável dá espaço para comer de tudo, de forma moderada e sempre com prazer. Contar calorias definitivamente não é prazeroso e não dá poder de escolha dos alimentos.

 

#4 considerar o efeito metabólico dos alimentos

 

Achar que só porque dois alimentos têm o mesmo valor calórico eles são equivalentes é um grande erro. Como lindamente disse Sophie Deram no seu livro “O Peso das Dietas”:

“As calorias não são iguais e o seu corpo não enxerga só calorias, mas também informação: 150 calorias de refrigerante não vão conversar com seu corpo do mesmo modo que 150 calorias de legumes e verduras. A quantidade de calorias é a mesma, mas o efeito no metabolismo não.”

Claro, é preciso considerar os nutrientes que virão junto com estas calorias. É muito diferente fornecer para seu corpo 70kcal + uma infinidade de vitaminas e minerais da uma maçã, que também possui muitas fibras e vão te ajudar a não ter fome tão cedo; do que oferecer em 1 punhado de jujubas 70kcal de açúcar, que só te darão mais fome e mais vontade de comer jujuba! Claro que há espaço para a jujuba na alimentação saudável, mas não vale dizer que vale pela maçã!! 🙂

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Então…

a partir de agora, ao invés de se perguntar qual é o valor calórico de tal alimento, pergunte-se:

– O que este alimento traz além das poucas calorias/ausência de valor calórico?

– Estas calorias a menos, farão alguma diferença significativa na minha vida?

– Eu gosto deste alimento que estou escolhendo pelo valor calórico?

– Qual será o efeito deste alimento no meu corpo?

Quando optamos por comer #comidadeverdade, que são frutas, vegetais e tudo o mais natural possível, realmente conseguimos influenciam nosso corpo e metabolismo de formas positivas, e assim, de forma real, saudável e sustentável, promover perda de peso ou nos aproximar do objetivo que temos com as mudanças na alimentação 🙂

Espero que a partir de agora, não seja tão importante para você saber o valor calórico dos alimentos.

O poder do hábito

By NutriMotiva, Vida de nutri2 Comments

2015 já começou e essa época é marcada pelas pessoas super motivadas a adotar as resoluções de ano novo às quais se propuseram. Acho ótimo podermos usar esta motivação para transformar essas resoluções em novos hábitos saudáveis para o ano que vem por aí.

Quem passou em consulta comigo nos últimos 2 meses provavelmente me ouviu falar sobre um livro que estava lendo, “O Poder do Hábito”, do Charles Duhigg.

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O Poder do Hábito, de Charles Duhigg – Editora Objetiva

Eu gostei muito do livro, indiquei para várias pessoas, e me fez pensar bastante em o quanto os hábitos são importantes no nosso dia a dia.

“Os hábitos surgem porque o cérebro está sempre procurando maneiras de poupar esforços. Os hábitos permitem que nossas mentes desacelerem com mais frequência, e nos permitem parar de pensar constantemente em comportamentos básicos, como andar e escolher o que comer” – trecho do livro

Isso significa que os hábitos deixam nossos cérebros mais eficientes e permitem que alguns comportamentos entrem em modo automático para darmos mais atenção à outras coisas. Quando um hábito surge, o cérebro deixa totalmente de participar das tomadas de decisões. E estes hábitos podem ser tão fortes que fazem com que nosso cérebro recorra a eles acima de tudo, muitas vezes inclusive do bom senso e boa saúde. Isto pode justificar um dos motivos pelo qual as vezes é tão difícil abrir mão do refrigerante na hora do almoço ou da pizza da 6ª feira a noite – pode ser hábito! No entanto, a parte boa é que isso não significa que os hábitos não possam ser ignorados, alterados ou substituídos. Nós podemos criá-los ou modelá-los de forma consciente.

“Os hábitos – mesmo depois que estão arraigados em nossas mentes – não são um destino inevitável. Podemos escolhê-los, uma vez que sabemos como fazer isso. Tudo o que sabemos sobre os hábitos (…) é que qualquer um deles pode ser alterado, se entendermos como funcionam.” – trecho do livro

Segundo o autor e as pesquisas apresentadas no livro, um hábito é formado por 3 componentes, e a forma que estes componentes se relacionam é chamado loop do hábito. Estes componentes são:

Deixa: que é um gatilho ou estímulo que manda seu cérebro entrar em modo automático

Rotina: que pode ser algo físico, mental ou emocional – é o comportamento que caracteriza o hábito

Recompensa: algo simples que diz para seu cérebro se vale a pena memorizar este padrão de comportamento para ser usado no futuro, no geral algo prazeroso.

loop do hábito, o poder do hábito

O loop do hábito

 

Para criar novos hábitos é necessário identificar um gatilho e receber uma recompensa no final. Então por exemplo, para criar hábito de fazer um lanche no intervalo da manhã, um despertador poderia ser usado como gatilho para lembrar da hora de fazer o lanche, e a recompensa poderia ser: sentir prazer / fazer uma pausa no trabalho / sentir que está se alimentando bem.

loop do hábito, o poder do hábito

Criar hábito de realizar um lanche no meio da manhã

 

E para alterar hábitos já estabelecidos, o primeiro passo é decidir mudá-los! Neste caso, irá precisar identificar as deixas e recompensas que impulsionam este hábito, e buscar alternativas para a rotina. Para, por exemplo, alterar o hábito de comer uma sobremesa depois do almoço, identifique o que faz com que você peça a sobremesa (terminar de almoçar? passa na frente de uma doceria? tem vontade de colocar algo na boca?) e qual a recompensa final (prazer? momento de sociabilização?). Com base nisso, experimente novas rotinas que te ofereçam a mesma recompensa, como por exemplo trocar o doce por uma fruta ou suco natural ou um café, ou ainda escovar os dentes assim que termina de comer.

o poder do hábito, loop do hábito

Mudar o hábito: mantenha a mesma deixa e recompensa, mude a rotina!

Sei que na teoria parece bastante fácil, mas na prática nem sempre é tão simples. Mas este livro fez muito sentido para mim neste momento que tenho percebido o quanto o comportamento das pessoas frente à comida, dita muito de como será sua alimentação – isto é chamado de nutrição comportamental. E muitas vezes ajudar as pessoas a reconhecer e mudar seus hábitos pode ser uma grande ferramenta para associar à conduta de orientação nutricional.

O poder do hábito, hábito saudável

 

Formar hábitos de vida saudáveis, até que se tornem ações quase inevitáveis, é essencial para iniciar ou manter um estilo de vida saudável. A partir de agora vou usar estas técnicas com meus pacientes para ajudá-los a melhorar padrões de comportamento alimentar que nem sempre são benéficos para sua saúde ou objetivo do tratamento.

Para os que quiserem se aprofundar mais no assunto, eu super recomendo a leitura do livro “O Poder do Hábito” – é simples e rápida. E para os que quiserem trocar figurinhas, aguardo os comentários e emails 🙂

Boas Festas

By Vida de nutriNo Comments

Hoje oficialmente termina meu ano profissional, e na mesma medida começam as comemorações e preparo para 2015.

E eu não poderia deixar da agradecer todas as pessoas que fizeram deste 2014 um grande ano de crescimento, amadurecimento e muito trabalho!

THE BEST THINGAVAILABLE

Boas Festas

E até 2015!

Passe longe dos refrigerantes zero…

By Alimentos Industrializados, Valor nutricionalOne Comment

Há tempos estou prometendo este post para algumas pessoas e finalmente, chegou a hora dele 🙂

Ainda tem muita gente que usa o refrigerante zero como substituto ao refrigerante comum no intuito de reduzir as calorias consumidas no dia, e então, teoricamente, auxiliar na perda de peso. Então vamos ao comparativo:

Refrigerantes zero

 (Obs: apenas para exemplificação, aqui serão usados a Coca Cola e Guaraná Antártica, mas no geral todas os refrigerantes ou bebidas gaseificadas zero ou light seguem a mesma linha)

Neste contexto, a substituição seria justa – aqui tem um post que fala um pouco mais sobre porque evitar as bebidas açucaradas.

Mas o primeiro ponto, é que, como aqui as calorias não são importantes, e sim os nutrientes. Então, vamos à comparação clássica do valor nutricional dos refrigerantes zero e o temido suco de laranja:

comparação suco de laranja e refrigerantes zero

Apesar de o suco de laranja apresentar valor calórico e os refrigerantes zero não, analise bem a oferta de nutrientes dos três candidatos – o suco de laranja ganha de lavada! E analise também o conteúdo de sódio, muito maior nos refrigerantes.

O segundo ponto contra os refrigerantes zero pede uma análise mais detalhada de sua composição: vamos aos ingredientes!

Coca cola zero: Água gaseificada, extrato de noz de cola, cafeína, aroma natural, corante caramelo IV, acidulante ácido fosfórico, edulcorantes ciclamato de sódio (27mg), acessulfame de potássio (15mg), e aspartame (12mg) por 100ml, conservador benzoato de sódio, regulador de acidez citrato de sódio.

Guaraná zero: Água gaseificada, extrato vegetal de guaraná, aroma natural, conservador: benzoato de sódio, acidulante ácido cítrico, corante caramelo tipo IV, edulcorantes artificiais (mg/100ml), sacarina sódica: 16,0mg e ciclamato de sódio: 69,7mg.

ler rotulo

Ingredientes problema:

#1 Artificiais: nenhum dos ingredientes é natural, o que faz do refrigerante zero não ser uma #comidadeverdade

#2 Adoçantes: ciclamato de sódio, acessulfame de potássio, aspartame ou sacarina sódica e ciclamato de sódio. O consumo excessivo de adoçantes tem se mostrado prejudicial à saúde – prometo um post sobre isso!

#3 Teor de sódio: bastante aumentado nas versões zero justamente pela presença dos adoçantes ciclamato de sódio, conservador benzoato de sódio e regulador de acidez citrato de sódio – na coca cola zero. No Guaraná zero, também o conservador benzoato de sódio e os dois adoçantes usados. Em resumo, o excesso de sódio aqui pode aumentar a retenção hídrica e com isso causar desidratação, além de aumentar os níveis de pressão arterial e celulite (alô, mulherada! O zero também dá, viu?!)

#4 Corante Caramelo IV: os corantes caramelos são uma mistura de vários componentes e são obtidos pelo aquecimento de carboidratos, com ou sem adição de reagentes químicos. Então, de acordo com o processo em que foi produzido, os corantes caramelo são classificados entre I, II, III e IV, e o corante Caramelo IV é principalmente usado no Brasil para conferir cor aos refrigerantes. O problema deste corante é que ele contém altos níveis de uma substância que, quando consumida em excesso, é possivelmente cancerígena. Além disso, a Coca Cola comercializada no Brasil contém maior quantidade desta substância cancerígena do que todas as outras Coca Colas vendidas no mundo!

#5 Ácido fosfórico e fosfatos:  o excesso de fosfatos pode atrapalhar a absorção de cálcio da dieta e, para que haja cálcio livre no sangue, nosso organismo recruta o cálcio dos ossos. Nosso corpo necessita do cálcio não só para a formação de ossos e dentes, mas também por ter um papel importante nas contrações musculares e batimento cardíaco. Desta forma, com a necessidade de retirar o cálcio dos ossos, nosso corpo apresenta maiores chances de osteopenia e osteoporose.

Por fim, a dica aqui é reduzir o consumo e tirá-lo da rotina. Para isso, é importante identificar porque o hábito do refrigerante está lá e tentar revertê-lo para algo mais saudável. O consumo de refrigerantes deve ser eventual, e a dica para minimizar os danos de quando consumir, é sempre tomar bastante água para ajudar a reduzir a retenção hídrica e eliminar os componentes nocivos da fórmula.

brinde com suco

Para o consumo diário, a água pura, aromatizada ou os sucos naturais com certeza são as melhores opções!

Mais lentilha!!

By Refeições saudáveis, Valor nutricionalNo Comments

Além das castanhas, a lentilha é também um alimento bastante consumido nesta época de festas, mas são tantos benefícios que deveríamos aproveitá-la mais ao longo do ano.

lentilhas

As lentilhas são do grupo das leguminosas, o mesmo do feijão, caracterizados por serem grandes fontes de fibras e proteínas vegetais. O perfil nutricional da lentilha é bastante interessante, veja:

– Carboidratos complexos:

a grande quantidade de fibras das lentilhas caracteriza os carboidratos presentes como complexos, o que significa que liberam energia de forma lenta para o organismo, e por isso, promovem sensação de saciedade por tempo prolongado. Além disso, 25% das fibras da lentilha são solúveis, que ajudam a diminuir o colesterol e controlar a glicemia. As fibras são também importantes para um bom funcionamento intestinal

– Proteínas:

a lentilha é rica em proteínas vegetais, e especialmente fonte do aminoácido triptofano. O triptofano é um aminoácido essencial, o que quer dizer que nosso corpo não produz, e por isso devem ser providos via alimentar. Um dos grandes benefícios em ser fonte de triptofano é que ele é precursor da serotonina, o hormônio do prazer e bem estar. Por isso, o consumo regular de lentilhas pode auxiliar no tratamento de depressão, desânimos, ansiedade, TPM e até insônia.

– Vitaminas do complexo B:

atuantes da regulação do metabolismo de energia, são antioxidantes e têm atuação no sistema digestório e imunológico. No entanto, a principal função das vitaminas do complexo B é no sistema nervoso, pois fazem parte do processo de transmissão de mensagens entre os nervos. 

– Ferro:

especialmente essencial para a boa oxigenação sanguínea. Por conta dos bons teores de ferro e proteínas, a lentilha é uma ótima opção para substituir as carnes.

Na ultima semana publiquei no instagram (@blognutrirbem) um prato de salada de lentilha acompanhado de farofa e tenho sido cobrada das receitas 🙂

farofa e lentilha

Então segue uma boa ideia para já começar 2015 com lentilha no prato!

Salada colorida de Lentilhas – veja aqui

Farofa funcional de cenoura e amêndoas – veja aqui

Sobre sementes oleaginosas

By Perda de peso, Valor nutricionalOne Comment

Como alguns viram no instagram (@blognutrirbem), na semana passada comecei a entregar a lembrancinha de final de ano aos meus pacientes. Pensei muito até resolver o que queria dar, e no fim escolhi por lindos tubinhos recheados de oleaginosas.

insta

Muitos dos meus pacientes habitualmente consomem as castanhas em alguma refeição, mas sei que ainda tem gente que tem medo delas por conta de seu valor calórico e teor de gorduras. Mas como aqui não contamos calorias, e sim nutrientes, este post vai dizer porque eu faço tanta questão de incluir as oleaginosas nos planejamentos alimentares das pessoas:

Quem são elas? 

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Nozes, castanhas, amendoim, pistache, macadâmia, avelã, amêndoas, pecãn… Todas estas sementes são chamadas como oleaginosas devido a seu perfil semelhante de nutrientes.

Benefícios:

# Composição nutricional – macronutrientes: excelentes fontes de gorduras insaturadas – as gorduras que conferem benefícios para a saúde cardiovascular – e proteínas vegetais completas. Tem pouca quantidade de carboidratos, e os que são presentes são de lenta absorção por conta da alta quantidade de fibras

# Composição nutricional – micronutrientes: Um dos grandes benefícios do consumo das oleaginosas é a disponibilidade de 2 micronutrientes que mais comumente são deficientes na nossa alimentação: a vitamina E e o magnésio. 1 porção de 40g de oleaginosas (1 punhado) já garante 20% da recomendação diária de vitamina E para um adulto, e ela é importante por ser um antioxidante que ajuda a reduzir o risco das doenças cardiovasculares. O  magnésio é participante ativo das contrações musculares, e sua ausência está associada a distúrbios cardiovasculares, neurológicos e ósseos. O magnésio também desempenha um papel importante no metabolismo da glicose, de forma que o consumo regular e adequado deste mineral pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2.

As oleaginosas são também ricas em fitoesteróis, componentes importantes que inibem a absorção do colesterol da dieta, e por isso podem ajudar a reduzir os níveis sanguíneos. O cobre, outro ponto alto das oleaginosas, é importante para ajudar no controle da hipertensão, intolerância a glicose e colesterol. Por fim, os polifenois, presentes em sua maioria na casca das oleaginosas, têm propriedades antioxidantes, antiinflamatórias e quimiopreventivas.

# Controle de peso: Apesar da alta densidade energética e lipídica das castanhas, alguns estudos mostraram que incluí-las na rotina alimentar não aumenta de forma significativa o peso. Este fato pode ser explicado pelo alto teor de fibras e proteínas, baixo índice glicêmico (liberação lenta de energia ao organismo) e propriedades texturais que levariam a maior saciedade – são duras e exigem bastante mastigação, que potencializa a sensação de saciedade.

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# Prevenção de doenças: por todos os benefícios já citados, o consumo regular de oleaginosas está relacionado a menores riscos de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, câncer e também menor incidência de sobrepeso e obesidade.

Duelo: Manteiga ou Margarina

By Boas dicas, Cozinha prática2 Comments

Eu confesso que desde que voltei da minha viagem à França tenho estado muito apaixonada pela manteiga. Em minha casa nunca tivemos o hábito de usá-la então nunca foi um produto muito frequente na rotina… mas ela tem estado cada vez mais presente nas minhas recomendações e aventuras na cozinha. Sim, manteiga, e não margarina. Eis aqui o duelo:

manteiga ou margarinaManteiga:

por definição, trata-se de um produto derivado do leite batido, até que se transforme em uma emulsão de água e gordura. É líquida em temperatura ambiente, sólida quando refrigerada. Por ser derivada do leite, a manteiga é rica em gordura saturada, tradicionalmente conhecida como a gordura ruim e que, quando consumida em excesso, pode aumentar o colesterol.

Margarina:

é o termo genérico usado para identificar uma emulsão de gorduras alimentares de origem vegetal em água. Surgiu em 1860, quando o imperador Napoleão III da França ofereceu uma recompensa para quem conseguisse encontrar um substituto satisfatório e mais barato para a manteiga, especialmente para as classes sociais mais baixas e para o exército.

napoleao provou a margarina

As margarinas passaram a ser produzidas em larga escala e amplamente usadas como substitutas da manteiga a partir da descoberta do processo de hidrogenação das gorduras.

Hidrogenação das gorduras?

O processo de hidrogenação é a introdução de moléculas de hidrogênio à gorduras insaturadas (as boas) para conferir a esta gordura maior durabilidade e estado sólido, mesmo a temperatura ambiente – essencial para a vida de prateleira e apresentação das margarinas. No entanto, quando hidrogenadas, as gorduras deixam de ter a forma molecular cis e passam a ter a forma trans, sendo estas então as temidas gorduras trans. O problema das gorduras trans é que elas têm altíssima capacidade de aumentar a fração LDL do colesterol (o ruim), reduzir o HDL (o bom!) e aumentar muito os riscos para as doenças cardiovasculares, tornando-as ainda mais nocivas para o corpo humano do que as gorduras saturadas. Quando, em 2006, as indústrias foram obrigadas a declarar no rótulo se um produto tinha ou não gordura trans, a população ficou a par dos malefícios destas gorduras, e começou a buscar por produtos sem gordura trans. Neste cenário, a produção de margarinas precisou ser revista para que pudessem então se declarar nos rótulos como isentas de gorduras trans.

(Obs: em 2008 o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos firmaram metas para reduzir a no máximo 2% a quantidade de gordura trans por porção dos alimentos industrializados, até o final de 2010)

Surgem então as gorduras interesterificadas, que nada mais são do que a mistura de óleos vegetais hidrogenados (=gordura trans) com óleos vegetais líquidos, descaracterizando a gordura final como trans. A gordura interesterificada é ainda muito recente, mas muitos estudos já mostram que ela é tão ruim ou ainda pior do que as gorduras trans para a saúde cardiovascular humana.

Mas e aí, manteiga ou margarina?

Ainda que a manteiga contenha gorduras saturadas e as margarinas se vangloriem com rótulos que gritam “não contém colesterol ou gordura trans”, na prática, o excesso de química das margarinas pode ser ainda pior para o organismo do que as manteigas. Além das gorduras, no geral as manteigas são compostas por menos ingredientes, e mais naturais do que as margarinas.

manteiga coracao

De qualquer forma, moderação na quantidade é mandatório para não ter prejuízos em nenhum aspecto. Mas a minha escolha com certeza é a manteiga!

Comer com prazer, sim obrigada

By Nutrição Comportamental3 Comments

De uns tempos pra cá tenho observado muito a relação das pessoas com a comida. Um dia desses deparei com um post no facebook que tinha a foto de um pão, e os comentários diziam algo como “só de olhar para este pão, minha boca enche d’água, tem mais de um mês que eu não posso nem chegar perto” ou ainda “maledeto carbo” e por último, “eu como o pão de manhã e mais nada o resto do dia, mas não deixo de comê-lo!”. Por outro lado, em outra ocasião escutei “claro que esta bolacha faz bem à saúde, não tem gosto de nada!” e “é bem ruinzinha, mas eu como porque tem praticamente nada de calorias“. E por último, as pessoas chegam no consultório e dizem “o meu problema é que eu gosto de comer“.

branca de neve

Minha gente, não é nada disso!! Gostar de comer não é problema… é solução!

Comer é mesmo um prazer e eu acho muita ingenuidade por parte de qualquer pessoa pensar que alguém vai comer apenas para se nutrir – ninguém come nutrientes, nós comemos comida! E só nos nutrir, sem prazer, é um cenário muito hipotético e pouco provável de ser mantido a longo prazo.

Por que um alimento ou produto saudável pre-ci-sa ser desagradável? Ou ainda, porque um alimento prazeroso é logo taxado como não saudável? Será que não dá para unir as duas coisas?

Comer com prazer é importante, e na verdade, minha opinião é que é muita incoerência não uní-las! Alimentar-nos é um dos únicos (se não O único) ato que repetimos diariamente, do dia que nascemos até o dia que morremos. E se este ato não for prazeroso… Houston, we have a problem.

Todos os malefícios e benefícios dos alimentos precisam de um contexto e estilo de vida que os potencialize. Uma única refeição saudável não faz uma pessoa mais saudável, da mesma forma que um único _______ (complete a lacuna com algo que você considera não saudável) não faz uma pessoa menos saudável.

bem e mal

Eu não acredito que aquela pessoa do facebook não vai nunca mais comer um pãozinho, simplesmente pelo fato de sabermos que isto não é verdade! Será que não seria um processo menos doloroso para ela se ficasse claro que o pãozinho pode e deve sim estar presente em sua alimentação, mas de forma balanceada e dividindo o espaço com outros tantos alimentos saudáveis que temos?

Eu luto para que as pessoas entendam que não existe alimento bom e ruim, ou que engorda ou emagrece. Se a nossa relação com os alimentos for saudável, sem demonizá-los ou supervalorizá-los, a chance da alimentação ser saudável e duradoura, é muito maior!

amor pela comida

Se um dos grandes prazeres da vida é comer, porque insistimos tanto em fazer com que não seja?