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Cozinha prática

Molho de tomate caseiro e reforçado

By Cozinha prática, ReceitasNo Comments

Molho de tomate é uma coisa que sempre que consigo, faço em casa. Acho que fica muito mais gostoso, principalmente porque quando faço, deixo pedaços de tomate inteiros no molho. No geral faço só com tomate e manjericão, mas outro dia tinha alguns legumes sobrando em casa, e resolvi experimentar um molho mais reforçado.

Receita

Usei 1kg de tomate tipo italiano bem maduro, 3 beterrabas pequenas, 2 cenouras pequenas, 1 cebola, 2 dentes de alho e ½ maço de manjericão.

tomate picado
Tomates italianos
Beterraba e cenoura picadas

 

Piquei tudo grosseiramente. Refoguei a cebola e o alho com azeite e adicionei os tomates. Conforme foram cozinhando foi ficando mais líquido pois o tomate solta bastante água. Então adicionei os pedaços de beterraba e cenoura e uma parte do manjericão, e deixei cozinhar. Quando a cenoura e a beterraba já estavam cozidas (e o tomate desmanchando), bati tudo no mixer. Ficou um molho bem grosso, até adicionei um pouco de água. Em seguida, adicionei o restante do manjericão.

Observação

Minha ideia original era colocar só 1 beterraba e 1 cenoura. Mas as que eu tinha estavam tão pequenas que acabei colocando mais. Mas achei que o sabor da beterraba predominou muito, e ficou quase um molho de beterraba, rs. Ficou bem gostoso, mas em uma próxima tentativa, vou colocar menos para ficar mais com cara de molho de tomate.

Naquele dia servi com spaguete e acho que justamente por causa do meu “exagero” na beterraba, a cor ficou bem bonita!

espaguete com molho caseiro
Espaguete com molho caseiro reforçado

Congelamento

molho de tomate para congelar
Molho de tomate caseiro e reforçado, para congelar

Como sobrou bastante molho, eu resolvi congelar em potes de vidro para já ter pronto e facilitar os dias mais corridos. Molho de tomate é uma das coisas que considero coringa ter congelado.

Tudo o que você pode congelar – parte 2

By Cozinha práticaNo Comments

Dando continuidade à parte 1 deste texto, sigo dizendo que ter alimentos no freezer pode salvar vidas! rs. No primeiro texto descrevi tudo o que acho essencial manter rotineiramente congelado, para ajudar na praticidade do dia a dia. Agora vou dizer tudo o que acho que também pode ser muito útil, mas que para ter em estoque é provável que você precise de um pouco mais de planejamento do que só cozinhar um tanto a mais.

Ingredientes para sucos mistos de frutas e vegetais

Muita gente adora tomar um suco misto (ou como gostam de chamar, suco verde) no café da manhã. Mas eu sei que os minutos antes de sair de casa muitas vezes são cronometrados, então investir um pouco de tempo para deixar as coisas mais encaminhadas pode ser a chave para dar certo.

Vegetais

Os gelos de couve são os mais comuns para fazer suco verde ou sucos mistos de frutas e vegetais. Mas dá para fazer com vários outros vegetais também: é só bater o vegetal cru no liquidificador com um pouco de água até formar um purê. Depois, colocar em forminha de gelo (preferencialmente com tampa) e congelar. Há quem solte os gelos e guarde em um saco tipo ziploc, o que pode ser bom para economizar espaço no freezer.

couve congelada

Gelinhos de couve batida para usar em sucos

Frutas

As frutas também podem ser guardadas no freezer em formas de gelo (em purê, como os vegetais) ou picadas em cubinhos. É prático ter vários “sabores” de gelo para fazer um suco misto. A opção de comprar polpas de fruta congeladas para este fim também funciona bem.

Banana verde

banana verde congelada

Banana verde congelada com casca, também para sucos

Eu já falei algumas vezes aqui sobre a biomassa de banana verde, que é um alimento funcional riquíssimo em fibras. Mas recentemente descobri que a própria banana verde (sem precisar cozinhar e fazer a biomassa) também pode ser utilizada com as mesmas finalidades. Por isso, agora tenho sempre no freezer bananas verdes, cortadas em 3, e congeladas. Na hora de fazer o suco, é só bater junto! Eu congelei com a casca, mas você também pode congelar sem, se preferir. Só lembrando que a casca vai escurecer depois de congelada, mas isso não muda o valor nutricional da banana.

Sucos já prontos

sucos congelados

Sucos naturais de frutas e vegetais, congelados

 

Também tem a possibilidade de bater o suco que você quiser e congelar em garrafinhas. E então, será preciso tirar do congelador 1 dia antes ao que for consumir, e depois de descongelado, o suco já está pronto para tomar.

 

Frutas maduras

Essa é uma dica que eu já uso há bastante tempo. As frutas que estão maduras demais, naquele ponto que “precisa comer hoje”, no geral vão para o freezer na minha casa. Serão sempre úteis depois para fazer um suco ou um sorvete caseiro (que eu já mostrei aqui).

Pão

pão congelado

Pão de fermentação natural fatiado e congelado

Tenho tido o hábito de comprar pães de fermentação natural que, para quem não conhece, são normalmente vendidos em unidades grandes e por não terem conservantes, logo ficam embolorados. Então no geral, eu fatio o pão e congelo, para poder descongelar só a fatia que vou consumir na hora – e o restante fica no freezer. Pão francês e pão de forma convencional também podem ser congelados, e ficam ótimos depois quando vão direto para o forno, frigideira ou torradeira.

 

Molho de tomate e caldo de legumes

molho de tomate congelado

Molho de tomate caseiro congelado

Estes são daqueles que eu também sempre faço um pouco a mais para poder congelar. Sempre poder ter à mão um caldo de legumes ou de carne caseiros para preparar um risoto ou uma sopa, pra mim, não tem preço! Este na foto é um molho de tomate caseiro e reforçado que fiz outro dia, e logo aproveitei para congelar também.

 

 

 

 

Escrever sobre congelamento só reforçou na minha cabeça o quanto se alimentar de forma saudável e variada depende muito de planejamento. Espero ter também passado esta ideia para você e te inspirado a usar mais do freezer da sua casa!

Tudo o que você pode congelar – parte 1

By Cozinha práticaNo Comments

Uma coisa que eu sempre falo é que organização e planejamento são duas das grandes (se não as principais) chaves da alimentação saudável. Saber como vai decorrer sua semana, o que você precisa fazer e o que já tem pronto para as próximas refeições é essencial para não se perder e não acabar sem ter o que comer, ou por jogar comida no lixo. E uma das formas que acho mais simples para colocar tudo isso em prática é o congelamento.

Ao longo de 2018 eu pude testemunhar no consultório mudanças radicais na rotina alimentar de alguns pacientes (estou pensando em 3 em especial) quando descobriram que muitas coisas poderiam ser congeladas. E por isso resolvi contar aqui tudo o que eu costumo ter congelado no meu freezer e que sinto que são verdadeiras mãos na roda no meio da rotina corrida.

Resolvi separar este post em 2 para poder falar em detalhes sobre tudo o que você pode congelar, e vou começar falando sobre os salva vidas de dia a dia que você pode ter no seu freezer.

Carne, peixe e frango

congelar

Bifes crus, congelados individualmente

É sempre uma ótima solução congelar as carnes no tamanho das porções que provavelmente serão consumidas depois. Quando eu compro peças inteiras (ex filé mignon), já fatio em bifes e congelo separados, para poder descongelar quantos forem necessários. Faço o mesmo com filés de frango e peixe.

Também costumo congelar carnes já cozidas, como carne de panela, frango desfiado e carne moída. Estes eu costumo congelar em porções individuais, porque normalmente uso em dias de emergência, e podem ser coringas para qualquer preparação rápida. Então eu faço pequenos pacotinhos de aproximadamente 3 colheres de sopa em potinhos de vidro ou saquinhos, para poder descongelar somente o que vou usar na hora.

Legumes

Praticamente todos os legumes podem ser congelados. Batata, tomate e chuchu (por conterem muita água) ficam com uma textura estranha quando descongelam, mas se você for usar para fazer uma sopa ou molho, tudo bem!

crus

Para congelar os legumes crus, é legal antes fazer a técnica de branqueamento, que preserva a textura dos alimentos depois de descongelados. Para branquear, jogue os legumes já higienizados e picados em água fervente, deixe por 3 minutos, e em seguida coloque-os em um recipiente com água fria e gelo, para parar o cozimento. Depois disso, já podem ser congelados.

cozidos

Confesso que eu congelo mais legumes cozidos do que crus, normalmente quando sobra de alguma refeição e sei que não iremos consumir em seguida.

Sopas

sopa congelada

Sopa de legumes congelada

Grandes salvadoras dos dias corridos. Sempre que vou fazer sopa me programo para cozinhar um pouco a mais e poder deixar um pouco congelada.

Eu amo descongelar sopa nos dias frios que aparecem do nada no meio de uma semana quente

 

Feijão

feijão congelado

Feijão congelado

Outra carta na manga que é sempre bom ter, e que eu também me programo para fazer um pouco a mais para poder congelar. Vi uma vez a Rita Lobo falar de fazer o feijão sem tempero nenhum para temperar depois que descongela porque, segundo ela, dá mais cara de fresquinho. Nunca tentei, mas acho que pode ser uma ótima ideia.

Ervas e temperos

ervas congeladas

Folhas de alho poró, salsinha e cebolinha picadas, congeladas

eu amo e sinto muita falta quando não tenho. No geral, eu compro os maços frescos na feira, e o segredo é higienizar logo que chego em casa. Sempre deixo as folhas secando um pouco em um pano de prato limpo ou papel toalha, porque folhas molhadas queimam quando são congeladas. Depois pico e guardo em potinhos no freezer.

É sempre bom colocar uma etiqueta com o nome para identificar facilmente quando estão congeladas. No geral, congelo salsinha, cebolinha, alho poró e dill, mas a maioria pode ser congelada (exceto manjericão e hortelã que queimam muito e não ficam bons quando congelados). Os talos (e as folhas do alho poró) também podem ser congelados para usar para fazer uma sopa ou caldo de legumes.

 

 

Estes são os alimentos e preparações que eu sempre agradeço por ter congelado antes, pois realmente ajudam a manter a alimentação caseira e saudável, mesmo nos dias mais corridos. Eu adotei pra mim o lema que “quem congela sempre tem”, então na minha casa, se está bobeando na geladeira, logo eu coloco no freezer, pois tenho certeza que pode ser útil.

Na parte 2 deste post, vou falar sobre aqueles alimentos e preparações que precisam de um pouco mais de planejamento, e que ajudam a variar a alimentação. Espero que te ajude!

O que comprar na feira?

By Cozinha prática2 Comments

Algumas pessoas que me acompanham de perto sabem que há pouco mais de 1 ano me casei. E junto com todas as mudanças de vida que esta decisão traz, os ajustes à alimentação é um deles. Eu sempre comi bem, na casa da minha mãe sempre tivemos boa variedade de frutas e vegetais, e ter isso na rotina sempre foi algo natural para mim. Meu marido diz que melhorou bastante a variedade alimentar dele desde que começamos a namorar, e diz que tem muitas coisas que ele aprendeu a comer comigo, na casa da minha mãe. Pois então, quando começamos a morar juntos já sabíamos que nosso hábito alimentar provavelmente seria parecido com o que eu já trazia, pois a alimentação saudável e variada é algo muito importante pra mim, e ele foi aprendendo o valor disso na vida dele também.

Nos nossos primeiros meses morando juntos, a rotina alimentar foi um pouco estranha. Algumas refeições eram muito variadas, e outras mal conseguíamos combinar 2 alimentos juntos. Não tínhamos ainda criado uma rotina de compras do supermercado e do sacolão, então facilmente ficávamos perdidos e sem saber o que cozinhar. Não havia planejamento nenhum.

Até que em certo momento descobrimos, perto de casa, uma feira que acontece aos domingos. No primeiro dia que fomos, parecíamos duas crianças em loja de brinquedos. Nos empolgamos e compramos muitas coisas. Várias frutas diferentes, vários legumes, tivemos várias ideias de receitas para testar. A geladeira ficou linda, cheia e colorida. Mas no decorrer da semana, fomos percebendo que não tínhamos tempo para todas aquelas receitas que pensamos. Que não estava funcionando chegar em casa depois do trabalho e começar a receita do zero. E o que aconteceu foi que no final da semana, não usamos nem metade dos vegetais que compramos, e muitas coisas acabaram estragando e indo para o lixo.

Resolvemos então que faríamos uma lista de compras antes de ir pra feira, para ir de forma certeira, já sabendo o que iríamos cozinhar naquela semana.

o que comprar na feira

A lista de compras da feira

Tentamos fazer a lista de algumas formas, mas chegamos em um modelo final que tem funcionado muito bem. Eu até já compartilhei com alguns pacientes em consulta, e vejo que pode ser uma estrutura de lista de compras na feira padrão, adaptável ao hábito alimentar de cada família, e ao número de pessoas que moram na casa.

Nossa lista funciona assim: a cada domingo escolhemos um item de cada categoria, já pensando como ele será inserido no cardápio da semana. Eu sempre deixo as listas de compras guardadas para lembrar o que comprei nas semanas anteriores e poder variar as escolhas.

Folhas cruas: listo todas as folhas que comemos exclusivamente cruas. A cada semana, escolho 1 opção.

Folhas cruas/cozidas: listo aqui folhas que podemos comer cruas ou cozidas, para complementar a salada ao longo da semana, mas também para ter uma opção de verdura cozida. A cada semana, escolho 1 opção.

Tubérculos: listo todos os tubérculos, e a cada semana escolho 1 opção. Nesta lista, também pode entrar a espiga de milho, que apesar de não ser um tubérculo, é um carboidrato, e pode ser um bom substituto.

Legumes básicos: são aqueles que considero fáceis de usar, em qualquer preparação. A cada semana escolho 1 também, para poder ter opção para fazer algo rápido e fácil

Legumes: aqui coloco os legumes que preciso planejar mais o que vou cozinhar. Tambem escolho 1 a cada semana

Temperos: a cada semana compro um tipo de cebola, alho sempre, e pelo menos 1 ou 2 ervas frescas. Frequentemente não dou conta de usar o maço todo das ervas, então normalmente eu logo congelo. Mas também gosto assim, pois posso ir variando nos temperos.

Frutas: sempre compro 1 grande, que normalmente usamos para sobremesa; e 2 que dão para comer individualmente, que normalmente usamos para lanches intermediários.

Com a lista em mãos, já saio de casa com tudo em mente e fica mais difícil cair em tentação e comprar todas as coisas lindas que vejo na feira! Rsrs.

Espero que esta minha estratégia seja útil para mais gente. Mas me conta, como você se organiza para não deixar os vegetais estragarem na sua casa?

Ervas finas como temperos: uso e benefícios

By Cozinha práticaNo Comments

Se tem uma coisa que eu falo e repito quase que diariamente no consultório é a respeito da substituição dos temperos prontos por opções naturais, como ervas finas frescas e secas. Eu já falei um pouco sobre esta substituição quando dei opções para substituir os molhos de salada industrializados por caseiros, neste post (Guia Nutrir Bem para uma salada saudável). Mas o problema dos temperos prontos, desde caldos em cubos ou pós, ou até mesmo em pastas, já não é novidade: muita gordura, sódio, e glutamato monossódico – tem mais sobre este assunto aqui também (Post: Glutamato monossódico: o que você nunca soube sobre ele…). E, já que com frequência as pessoas ficam sem saber como usar as opções naturais, listei algumas das ervas que são fáceis de encontrar por aí e que dão, literalmente, um caldo de sabor nas versões industrializadas. Aqui são só alguns exemplos de algumas ervas que eu escolhi, pois seria impossível escrever sobre todas elas. Mas todas as ervas possuem efeitos benéficos na nossa saúde, e podem dar sabores especiais aos alimentos.

ervas frescas - salsinhaSalsa: Rica em ferro, vitamina A e C, é antioxidante. Fica ótima com ovos, peixes, sopas, legumes no geral, arroz e purê de batatas. Combina muito bem com outros temperos como limão, manjericão, louro, alcaparras, alho, cebolinha e alecrim.

ervas frescas - manjericaoManjericão: Ajuda no combate à insônia, é antioxidante, anti-inflamatório e auxilia na digestão, minimizando gases, aftas e mau hálito. No geral as pessoas só lembram do manjericão no tomate, massas ou com queijos, mas ele dá um toque diferente quando colocado em meio a uma salada de folhas cruas, sopas, preparações com frango e ovos. Fica ótimo também com berinjela. Se for adicionar outros temperos, sugiro: cebolinha, coentro, alho, orégano, salsinha, alecrim e tomilho.

ervas frescas - alecrim

Alecrim: um dos meus preferidos, pois tem efeito bem forte na memória e funcionamento cerebral. O alecrim também melhora a circulação sanguínea e a imunidade, é antioxidante e tem ação anti-inflamatória. Combina muitíssimo bem com todos os legumes (veja esta receita de batata com alecrim), carnes vermelhas, pães e bolachas caseiros e peixes. Entre outros temperos, harmoniza bem com limão e laranja, louro, cebolinha, alho, hortelã, orégano, salsa e tomilho.

tomilho

Tomilho: Também adoro, e acho que poucas pessoas o conhecem e sabem usar. Tem efeito antisséptico e analgésico, por isso pode ajudar no combate a gripes e resfriados, e também ajuda a regular o funcionamento do intestino. Fica ótimo com berinjela, cenoura, batata, milho, tomate, cebola e todas as leguminosas no geral. O tomilho, aliás, combina super bem com louro e dá um gosto especial no feijão. Além do louro, harmoniza super bem com cebola, vinho tinto, manjericão,  cravo, alho, noz moscada, orégano, salsa e alecrim.

Facilite sua vida

Um dos motivos pelo qual as pessoas ainda insistem em usar os temperos prontos é a facilidade de ter sempre algo à mão, sem precisar de muito trabalho. Mas assim como muitos outros aspectos de uma alimentação saudável, ter temperos frescos e naturais à mão também é uma questão de planejamento. Por isso eu insisto, se planeje e facilite sua vida. Existem algumas formas de ter os temperos frescos sempre à mão:

1- Tenha uma horta! Escolha os temperinhos que você mais gosta e tenha-os em pequenos vasinhos. As ervas se adaptam muito bem em vasos grandes ou pequenos, e no geral não precisam de grandes cuidados. Além de tudo isso, podem ser decorativas e dar um charme na sua cozinha.

horta de ervas na cozinha

2- Use ervas secas: As ervas frescas são normalmente mais aromáticas e garantem mais benefícios do que as secas. Mas sabemos que não seria possível ter uma horta com tooodas as ervas que gostaríamos. Então para aquelas que você achar que não é possível ter uma horta, tenha-as na versão seca. Outro ponto a favor das ervas secas, são as misturas de ervas que já podemos comprar prontas, como as ervas de provance (excelente para peixe, frango, ovos e legumes) ou o chimchurry (perfeito para carnes vermelhas e batata), por exemplo.

ervas finas tempero

3 – Congele: Se você não tiver sua mini horta de temperos mas puder comprá-las frescas no mercado ou na feira, uma excelente estratégia para que elas durem mais tempo é congelar! Você pode higienizar e secar bem as folhas, picar, se for o caso, e congelar em seguida. Ou ainda, você pode congelar as ervas em forminhas de gelo, com azeite ou manteiga derretida, para fazer cubinhos de azeite ou manteiga aromatizados. 

azeite de ervas finas como tempero

Espero que com estas dicas, fique mais fácil abrir mão dos temperos industrializados e aproveitar mais destes sabores incríveis!

Assinatura Thais C. LaraNutricionista

Como armazenar castanhas?

By Cozinha prática19 Comments

Que consumir castanhas ou outras sementes oleaginosas é bom, muita gente sabe – e eu inclusive já falei bastante das castanhas aqui: Sobre sementes oleaginosas. Mas o que algumas pessoas sempre perguntam é qual é a melhor forma de armazenar castanhas em casa para que durem bastante, e para que as propriedades nutricionais sejam preservadas?

O primeiro cuidado a ser tomado é com a contaminação. Muitos produtos (principalmente quando comprados à granel) estão contaminados com mofo ou pequenos ovos de insetos – ainda que invisível aos olhos. Então o ideal é comprar os produtos já embalados pela indústria ou sempre em locais de extrema confiança, além, claro, de ficar de olho no prazo de validade.

castanhas à granel

Eu mesma adoro compra à granel! Mas precisa tomar muito cuidado…

Outro ponto importante é o recipiente onde as castanhas serão armazenadas. É importante que, assim que chegar em casa, sejam tiradas dos saquinhos onde são vendidas, e sejam colocadas em um recipiente limpo e seco, preferencialmente de vidro ou aço inoxidável, e com fechamento hermético ou com rosca.

O alto teor de gorduras e antioxidantes das castanhas as deixam muito sensíveis à temperatura ambiente ou quente, luminosidade, e até contato com o ar. Então, para evitar a perda de nutrientes e que a gordura fique rançosa, é importante cuidar destas variáveis. O ideal é armazenar as castanhas em local fechado, sob refrigeração. As temperaturas mais baixas também previnem a perda de umidade e o desenvolvimento de mofo ou a eclosão de ovos em pequenas larvas. Se mantidas em temperatura ambiente, as castanhas duram no máximo 2 semanas, quando em refrigeração, podem durar meses! – exemplo: amêndoas sem casca e refrigeradas, 9 meses; nozes, 12 meses; castanha do Pará, 9 meses.

Fique sempre atento à cor e sabor das castanhas. Colorações escuras ou amareladas e/ou sabor alterado (como gordura rançosa) são grandes indicadores de que a semente oleaginosa já perdeu boa parte de suas propriedades, e não está mais adequada para consumo.

castanhas inteiras

Procure também comprar as oleaginosas sempre inteiras. Quando em pedaços, quebradas ou em pó, o contato com o ar e exposição à luz já ocorreram de forma muito significativa, então a perda de nutrientes provavelmente foi potencializada. É bem possível que o sabor da castanha já esteja alterado nestes casos. Prefira picar ou moer em casa, momentos antes do consumo.

Sabendo armazenar bem, é só aproveitar todos os benefícios que estas sementes oleaginosas trazem para nossa saúde!

Cozinha prática: 5 truques para quem tem pouco tempo!

By Cozinha prática, Refeições saudáveisNo Comments

Nas avaliações de hábitos alimentares durante minhas consultas, eu sempre pergunto se a pessoa cozinha, gosta de cozinhar e quem cozinha em sua casa. Muitas pessoas dizem que gostam de cozinhar mas não têm tempo, ou que gostam mas que a pouca prática deixa todo o processo muito lento e trabalhoso. Eu, que sempre gostei de cozinhar, venho há algum tempo prestando atenção em atitudes e ferramentas que facilitem o processo e deixem a tarefa de ir para a cozinha prática e mais prazerosa para o dia a dia.

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5 dos meus truques para sempre ter refeições saudáveis e rápidas, #therealfastfood.

#1 Descascador de legumes

Na minha opinião, é um utensílio essencial. Facilita muito o descasque dos legumes (e algumas frutas), e com ele é possível descascar o legume ou fruta bem rente à casca – e assim, minimiza muito o desperdício dos alimentos.

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3 modelos diferentes de descascadores de legumes

O descascador de legumes é bastante versátil e pode permitir também cortes diferentes para os legumes e frutas: cortes de fatias finas ou em lascas. Por exemplo, abobrinhas cortadas longitudinalmente para uma lasanha, ou quem sabe cortes bem fininhos de beterraba, pêra ou maçã, podem dar à preparação um nome requintado… carpaccio! rs

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Imagine um carpaccio de maçã….

#2 Secador de salada

Outra invenção genial. Sempre escuto o argumento de que as pessoas não consomem saladas de folhas em suas casas pois as folhas estragam na geladeira. Bom, se houver hábito de consumi-las diariamente não dá tempo de estragar…. De qualquer forma, guardar as folhas na geladeira já higienizadas facilita muito o processo, e garantir que elas estejam bem secas aumenta sua durabilidade. Então o secador de saladas torna-se essencial para isso!

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Modelos de secadores de salada

#3 Temperos caseiros prontos

Acho que já falei algumas vezes por aqui sobre temperos industrializados, mas em resumo: muitos aditivos alimentares, muito sódio, algumas vezes muita gordura, e pouco sabor. Eu luto muito (e sempre) para que os temperos na minha casa sejam sempre os mais naturais possíveis. Então duas trocas importantes são: trocar os caldos de carne e legumes industrializados pelos caseiros (que dão trabalho, mas feito 1 vez, duram bastante!), e trocar as pastas prontas de alho e cebola picados pela versão natural e caseira. A dica é: congele os caldos caseiros em pequenas porções e deixe um vidro com cebola e alho picadinhos, com um pouco de azeite, na geladeira. Manter uma boa variedade de ervas desidratadas na despensa também é ótimo para variar o sabor das preparações.

#4 Forma de gelo

Permite que pequenas porções de caldos e purês sejam congeladas, como por exemplo, os caldos de legumes e carne caseiros, purês de fruta congeladas para sucos e vitaminas, pequenas porções de purês de legumes para a alimentação de bebês e crianças…

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Imagem da internet

#5 Sacos plásticos e potes com tampas

Também para congelar porções limitadas de alimentos. Por exemplo, em uma casa com duas pessoas, pode ser melhor congelar duas porções de 250g de carne moída, para duas refeições diferentes, do que um único bloco de 500g que provavelmente resultará em sobra. E para isso, os potes (em tamanhos variados) com tampa podem ser ótimos. Os saquinhos plásticos também otimizam bastante o processo, permitindo que você use somente o que for necessário para aquela refeição.

Cozinhar pra mim é também ter as coisas práticas e à mão, e isto nem sempre precisa significar perder em qualidade nutricional ou sabor ; )

Duelo: Manteiga ou Margarina

By Boas dicas, Cozinha prática2 Comments

Eu confesso que desde que voltei da minha viagem à França tenho estado muito apaixonada pela manteiga. Em minha casa nunca tivemos o hábito de usá-la então nunca foi um produto muito frequente na rotina… mas ela tem estado cada vez mais presente nas minhas recomendações e aventuras na cozinha. Sim, manteiga, e não margarina. Eis aqui o duelo:

manteiga ou margarinaManteiga:

por definição, trata-se de um produto derivado do leite batido, até que se transforme em uma emulsão de água e gordura. É líquida em temperatura ambiente, sólida quando refrigerada. Por ser derivada do leite, a manteiga é rica em gordura saturada, tradicionalmente conhecida como a gordura ruim e que, quando consumida em excesso, pode aumentar o colesterol.

Margarina:

é o termo genérico usado para identificar uma emulsão de gorduras alimentares de origem vegetal em água. Surgiu em 1860, quando o imperador Napoleão III da França ofereceu uma recompensa para quem conseguisse encontrar um substituto satisfatório e mais barato para a manteiga, especialmente para as classes sociais mais baixas e para o exército.

napoleao provou a margarina

As margarinas passaram a ser produzidas em larga escala e amplamente usadas como substitutas da manteiga a partir da descoberta do processo de hidrogenação das gorduras.

Hidrogenação das gorduras?

O processo de hidrogenação é a introdução de moléculas de hidrogênio à gorduras insaturadas (as boas) para conferir a esta gordura maior durabilidade e estado sólido, mesmo a temperatura ambiente – essencial para a vida de prateleira e apresentação das margarinas. No entanto, quando hidrogenadas, as gorduras deixam de ter a forma molecular cis e passam a ter a forma trans, sendo estas então as temidas gorduras trans. O problema das gorduras trans é que elas têm altíssima capacidade de aumentar a fração LDL do colesterol (o ruim), reduzir o HDL (o bom!) e aumentar muito os riscos para as doenças cardiovasculares, tornando-as ainda mais nocivas para o corpo humano do que as gorduras saturadas. Quando, em 2006, as indústrias foram obrigadas a declarar no rótulo se um produto tinha ou não gordura trans, a população ficou a par dos malefícios destas gorduras, e começou a buscar por produtos sem gordura trans. Neste cenário, a produção de margarinas precisou ser revista para que pudessem então se declarar nos rótulos como isentas de gorduras trans.

(Obs: em 2008 o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos firmaram metas para reduzir a no máximo 2% a quantidade de gordura trans por porção dos alimentos industrializados, até o final de 2010)

Surgem então as gorduras interesterificadas, que nada mais são do que a mistura de óleos vegetais hidrogenados (=gordura trans) com óleos vegetais líquidos, descaracterizando a gordura final como trans. A gordura interesterificada é ainda muito recente, mas muitos estudos já mostram que ela é tão ruim ou ainda pior do que as gorduras trans para a saúde cardiovascular humana.

Mas e aí, manteiga ou margarina?

Ainda que a manteiga contenha gorduras saturadas e as margarinas se vangloriem com rótulos que gritam “não contém colesterol ou gordura trans”, na prática, o excesso de química das margarinas pode ser ainda pior para o organismo do que as manteigas. Além das gorduras, no geral as manteigas são compostas por menos ingredientes, e mais naturais do que as margarinas.

manteiga coracao

De qualquer forma, moderação na quantidade é mandatório para não ter prejuízos em nenhum aspecto. Mas a minha escolha com certeza é a manteiga!

Guia Nutrir Bem para uma salada saudável

By Cozinha prática, Receitas4 Comments

Além de um bom molho caseiro (veja opções neste link), outro ponto importante para que a salada saudável do dia a dia seja sempre variada e apetitosa, é apostar na variedade em sua composição, sabores e texturas: o clássico alface-tomate-cebola é ótimo, mas não precisa (e nem deve) ser a única opção do cardápio de casa para as saladas.

Dica 01 – folhas:

A sugestão aqui sair do trivial alface/rúcula e inovar nas folhas: acelga, chicória, escarola, couve, folhas de beterraba, alface roxa, agrião, almeirão, espinafre, repolho roxo e branco, endívias… Sei que é hábito de muitas pessoas consumir algumas destas folhas na forma cozida/refogada, mas consumi-las cruas pode preservar muitos nutrientes e ajuda a variar a cara da salada. Outra boa ideia aqui, é optar pelas folhas baby, ou ainda inovar com brotos e flores comestíveis.

salada saudavel com flores

Dica 02 – legumes:

Além das folhas, uma salada colorida pede boa variedade de legumes. Experimente colocar na sua salada abobrinhas e berinjelas na grelha, ou brócolis e couve flor cozidos no vapor, ou ainda tomates rapidamente assados no forno. Além destes, pepino, pimentão, vagem, beterraba, cenoura, cogumelos, palmito, corações de alcachofra, aspargos..

Dica 03 – frutas:

Muitas saladas se destacam pela presença de frutas que combinam perfeitamente com a composição das folhas. Boas combinações são manga com rúcula, morangos com espinafre, pêra com almeirão, maçã com alface roxa, abacaxi com couve, kiwi com chicória, uvas com alface americana… São infinitas possibilidades e combinações!

salada saudavel espinafre e morango

Folhas de espinafre com lascas de morango, crocante de castanha de caju e nozes, temperada com aceto balsâmico 🙂

Dica 04 – crocância:

É inegável, colocar alguma coisa por cima da sua salada dá charme e finaliza o prato. Além disso, mastigar algo mais crocante ajuda a dar mais saciedade e se fizer boas escolhas, pode ainda incrementar os nutrientes da salada. Aposte em pedacinhos de castanhas, sementes de gergelim, sementes de abóbora, granolas salgadas, sementes de girassol…

Dica 05 – sabores:

Outro ponto que pode ser decisivo no sabor da salada é a presença de ervas frescas como composição da salada – e não apenas no tempero. Colocar folhas de hortelã, manjericão, salsinha, cebolinha picada, erva doce ou alho poró pode ser o maior diferencial na mistura de sabores da sua salada.

As combinações possíveis são infinitas! Invente e reinvente cada receita, e tenha sempre uma salada diferente 🙂

 

Guia Nutrir Bem para uma salada saudável: molhos caseiros

By Cozinha prática, ReceitasNo Comments

Com a chegada do calorzinho, a salada já começa a ficar mais apetitosa para muita gente. É ótimo frequentar os restaurantes por quilo e reparar que o prato das pessoas começa a ficar mais colorido nesta época.. rsrs. Mas é claro que tem alguns ingredientes que deixam sua salada não tão saudável assim (lembram deste post? Inocente saladinha… só que não!)

Então começa hoje o

Guia Nutrir Bem para uma salada saudável!

O primeiro tópico a ser abordado não poderia ser outro se não os molhos de saladas industrializados. Isso porque, a grande maioria deles é riquíssimo em sódio e gorduras – e este pequeno detalhe pode mesmo fazer da sua salada não tão saudável quanto você gostaria. Pois bem, além da dose extra de calorias e abusivos teores de sódio, os molhos industrializados para saladas normalmente contém também outros aditivos não tão saudáveis, como os corantes, conservantes e aromatizantes, que podem atrapalhar o funcionamento de todo o seu organismo.

molho salada

Por isso, para poder variar o sabor das saladas sem precisar dos industrializados, o Blog Nutrir Bem ensina hoje como criar seu próprio molho saudável para salada!

Passo 1 – óleo: 

Escolha o óleo de acordo com seu gosto ou com a combinação de ingredientes que irá fazer: azeite, óleo de linhaça, soja, girassol, nozes, canola….

Ou ainda, você pode aromatizar seu azeite: coloque dentro do vidro de azeite alguns dentes de alho e/ou ervas de sua preferência. Neste caso, o azeite deverá ser guardado na geladeira e usado em até 3 semanas.

Passo 2 – ingrediente ácido: 

Vinagre, aceto balsâmico, suco de limão, suco de laranja…

Passo 3 – ervas, especiarias e temperos frescos ou secos e sal: 

Pode-se adicionar mais de um, e todos o que você quiser ou gostar – são infinitas as opções de ervas, especiarias e temperos. Deixo como sugestão os que mais combinam com salada: salsa, manjericão, estragão, endro, funcho,aipo, orégano, manjerona, cardamomo, pimenta do reino…

Passo 4 – toque de sabor: 

Escolha um ingrediente que aumente ou contraste com o sabor dos escolhidos anteriormente. Este ingrediente normalmente deve ser de sabor mais forte como alho cru, pimenta do reino, cebolinha, mel, mostarda ou até pedacinhos de morango.

Seguindo estes passos, inventei um molho que tem feito bastante sucesso na minha casa ultimamente:

 molho para salada

Aguarde o próximo post com novas ideias para deixar sua salada sempre caprichada e saudável! 🙂

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