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Tratamento

Doce vício

By TratamentoOne Comment

Uma das grandes queixas de muitas pessoas que buscam a perda de peso e/ou alimentar-se de forma mais saudável é a dificuldade em reduzir o consumo  de carboidratos refinados (como pão branco, macarrão, torradas, bolachas) e/ou  doces e açúcares. Muitas vezes reduzir o consumo parece ser simples, mas existe uma grande resposta metabólica e neurológica por trás do consumo destes alimentos.

Já existem estudos que mostram que a vontade ou fissura por doces pode ser considerada tão séria quanto o alcoolismo e tabagismo, e não é raro ser comparada ao vício da heroína – com direito a picos de compulsão e síndrome de abstinência inclusive. Não se sabe exatamente quais podem ser os gatilhos para o início do consumo de carboidratos ou alimentos açucarados, mas é possível que alguns deles sejam estrese, ansiedade ou até períodos prolongados de jejum – estudos sugerem que a queda de glicemia causada por longos jejuns estimule a fome, que então dispara o desejo por algum alimento que seja fonte de energia abundante e rápida – carboidratos e doces.

Os carboidratos refinados acabam por ter uma resposta metabólica semelhante aos doces por proporcionarem energia abundante em sem demora quando são absorvidos – esta é uma das grandes diferenças que apresentam frente aos carboidratos integrais, que contém fibras e um pouco de proteínas, que não deixam que a absorção aconteça de forma tão rápida.

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Mas por quee??mmmmM

O açúcar vicia pela simples sensação de bem estar que proporciona. Veja na imagem abaixo a resposta neurológica do açúcar (ou carboidratos refinados no geral) ao ser consumido.

ciclo consumo de açúcar

Pronto, instalou-se o ciclo.

E isto tudo é tão verdadeiro que pessoas que têm baixos níveis de serotonina (como nos casos de depressão e ansiedade, por exemplo) acabam por, inconscientemente, usar o consumo de açúcar como forma de automedicação para melhorar o humor e sentirem-se bem!

Eu só quero chocolate!

Não basta ser doce. Tem que ser chocolate!

A literatura já reconhece que existem mesmo os chocólatras, e sugere quatro teorias para justificar tal comportamento:

  • sensorial (sabor mesmo!);
  • possível ação de alguns compostos como se fossem remédios: compostos bioativos presentes no chocolate agem como estimulantes e antidepressivos, semelhantes à remédios conhecidos e usados para estes fins; e ainda outros que simulam a ação de um neuromodulador que aumenta a atividade da dopamina (o hormônio da recompensa) – essencial para gerar a compulsão e vício.
  • busca ao alimento quando em carência de alguns micronutrientes específicos, em especial o magnésio durante o período pré-menstrual. A deficiência de magnésio pode interferir nos níveis de dopamina e talvez alterar o humor
  • resposta hormonal (exclusiva às mulheres)

 

Para amenizar a fissura:

  • A primeira coisa é ter uma alimentação saudável, variada e regrada. Deficiências de nutrientes como magnésio, cromo e vitaminas do complexo B podem estar relacionadas ao desejo aumentado por doces.
  • Longos períodos de jejum podem também pedir por alimentos com alta densidade energética e de rápida absorção, que são normalmente os carboidratos refinados e/ou os ricos em açúcares. Procure fazer lanches intermediários com bons valores nutricionais (não sabe o que comer de lanche? Veja esta post)
  • Proteínas são interessantes para reduzir a procura por alimentos açucarados, pois têm digesão lenta e garantem saciedade por mais tempo, podendo ser importantes para a vontade de doces no meio da tarde, por exemplo.
  • Procure optar por carboidratos integrais, como pão integral, arroz integral, aveia, quinoa e macarrão integral. Identificar qual é o momento do dia que você mais tem vontade de doces e turbinar a refeição anterior com estes alimentos pode ajudar bastante
  • Água é um nutriente essencial para toda a manutenção do organismo (veja aqui). Um organismo desidratado confunde o sinal de sede e fome, o que pode gerar a procura por alimentos não planejados.
  • Outra estratégia que pode ajudar é se esforçar para ficar um período longo sem açúcares e carboidratos refinados, para reequilibrar o paladar e o metabolismo, e assim diminuir a fissura constante por estes alimentos. Evitar o consumo de cafeína e álcool também pode ajudar.
  • Atividade física já!!!! Os exercícios físicos parecem aumentar a ativação de dopamina (aquele hormônio da recompensa), além de reduzir o estresse e ansiedade que também podem gerar a vontade de doces.

Considerando que pode ser que sua necessidade por doces seja além do que uma vontade, mas algum desequilíbrio nutricional, hormonal ou até emocional, não tente eliminá-lo por conta própria, sem o suporte profissional adequado. E assim, conforme seu metabolismo e organismo estiverem mais balanceados, sua compulsão por doces será reduzida.

Acredite, é possível – e bem mais saudável – viver sem doces!!!


Dia mundial do combate ao câncer

By Tratamento

combate ao cancer

Dizem que o câncer é o mal do século. E deve ser mesmo.. Todo mundo conhece ou tem alguém próximo que sofre ou já sofreu com o câncer. Esta doença se resume no crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos, e prejudicam a função fisiológica do local acometido. É difícil determinar uma causa do câncer, se é que é possível encontrá-la: são normalmente vários fatores, que podem variar da sensibilidade do sistema imune da pessoa, até fatores genéticos, meio ambiente e hábitos de vida.

Entre fatores de risco como tabagismo e alcoolismo, hábitos sexuais, falta de atividade física e radiação solar, destaco aqui os hábitos alimentares:

Alimentação de risco

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Alguns componentes alimentares têm sido associados ao processo de desenvolvimento do câncer, se consumidos de forma regular durante longos períodos:

Gorduras: grandes consumos de gordura podem estar relacionados aos cânceres de mama e próstata, por poderem alterar níveis hormonais no sangue. Em especial as gorduras presentes em carnes vermelhas visivelmente gordurosas, frituras, maionese, leite e derivados integrais, bacon, presuntos, salsichas, linguiças, mortadelas.

Agentes cancerígenos:

  • Nitritos e nitratos – são conservantes, usados em alimentos que necessitam de longos prazos de validade, como picles, salsichas, embutidos como mortadela, presunto e salame, e alguns tipos de enlatados (verifique no rótulo qual é o tipo de conservante usado). O consumo abusivo está relacionado ao câncer de estômago.
  • Fumaça – alimentos defumados e de churrasco são impregnados por uma substância proveniente da fumaça do carvão (alcatrão, a mesma substância do cigarro), que têm ação carcinogênica.
  • Conservas de sal: também relacionado ao câncer de estômago o consumo abusivo de alimentos conservados em sal, como carne de sol, charque e peixes salgados.

Alimentação preventiva

“Nenhum alimento ou nutriente sozinhos podem protegê-lo contra o câncer. Mas fortes evidências mostram que uma dieta variada, rica em vegetais, frutas, cereais integrais e grãos podem auxiliar a reduzir o risco de muitos tipos de câncer” – American Institute for Cancer Research

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Em resumo, uma alimentação preventiva ao câncer é uma alimentação saudável! Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) e do American Institute for Cancer Research (AICR) indicam que a alimentação adequada pode reduzir as chances de câncer em pelo menos 40%. Isso significa incluir frutas, legumes, verduras, cereais integrais e grãos com frequência e em quantidades adequadas e restrinja alimentos gordurosos, salgados, açucarados, enlatados e todo tipo de industrializados. Dê preferência às gorduras vegetais, como o azeite, óleo de soja e de girassol, e evite gorduras de origem animal (como leite e derivados integrais, carne de porco, carne vermelha com gordura, pele de frango…). Mas a alimentação saudável contribui não só para a prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas, obesidade e outras doenças crônicas como diabetes e a hipertensão…

Fibras: existem evidências que mostram que um baixo consumo de fibras e alto consumo de gorduras e calorias está relacionado ao maior risco de desenvolvimento de câncer de cólon e reto. Provavelmente pelo fato de que um baixo consumo de fibras está associado a um trânsito intestinal lento, o que favorece a exposição prolongada da parede intestinal aos agentes cancerígenos. Para eliminar este risco, o consumo adequado de frutas, verduras, cereais integrais (aveia, arroz integral, trigo integral) e água contribuem para a boa saúde intestinal.

Frutas, verduras, cereais integrais: justamente por conterem fibras, vitaminas e minerais são fortalecedores do sistema imune, auxiliando o organismo a defender-se de qualquer tipo de toxina, inclusive carcinógenos, antes que possam causar sérios danos às células. É também possível frear ou reverter processos cancerígenos iniciais com o consumo regular destes grupos alimentares. Mas precisa ser alimento mesmo, já se sabe que a suplementação de qualquer tipo de vitamina e/ou mineral não é tão eficaz quanto a alimentação saudável. Estudos em laboratórios mostram que, ainda que muitas vitaminas e minerais tenham efeito anticancerígenos sozinhos, as evidências são mais fortes quando sugerem a sinergia destes compostos, trabalhando juntos na variedade alimentar.

Formas de preparo: Procure usar métodos de cozimento que usem baixas temperaturas, como cozinhar ao vapor, fervura, cozidos ou assados, para evitar a formação de compostos possivelmente cancerígenos. Maneire também na adição de sal no preparo ou refeição pronta – a recomendação é do equivalente a 1 colher de chá de sal por dia.

Controle do peso

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O câncer é apenas mais uma entre todas as doenças possíveis de serem evitadas com a manutenção do peso saudável. Para tanto, além da alimentação saudável, mantenha também bons hábitos de vida, como a prática de atividade física regular e não fumar.

Super alimentos

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O AICR estuda os efeitos de alguns alimentos na prevenção do câncer, e tem uma lista daqueles que já são comprovadamente atuantes na prevenção da doença.

– Maçã, uva e suco de uva

– Mirtilos, cerejas e frutas vermelhas no geral

– Crucíferas (brócolis, couve flor, couve de Bruxelas, couve, repolho…) e vegetais de folhas verde escuras

– Café e chá verde

– Leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, soja e grão de bico) e alho

– Tomate e abóbora

– Cereais integrais e linhaça

 Para saber mais sobre estes alimentos, consulte: www.aicr.org

 Fontes auxiliares: Fundação do Câncer, Instituto Nacional do Câncer, American Institute of Cancer Research

11 de outubro, dia nacional da obesidade!

By TratamentoNo Comments

“Se por um lado as ações para prevenção e tratamento da doença mostram avanços, por outro, os números ainda são alarmantes.”

Os dados da Organização Mundial da Saúde de 2012 mostram que aproximadamente 12% da população mundial está obesa, e que a obesidade é a causa de morte de 2,8 milhões de pessoas por ano. O Ministério da Saúde mostrou que 48,5% dos brasileiros Continuar lendo…