Skip to main content
Category

Vida de nutri

Sobre a serotonina: alimentos para reduzir irritação e mau humor

By Boas dicas, Vida de nutriNo Comments

Irritação, estresse, mau humor. O frio me deixa de mau humor. É normal, acontece, nas melhores famílias, dias ruins são tão importantes quanto dias bons. Mas se estes sentimentos de indisposição social são frequentes, talvez seja a hora de procurar ajuda. Pode haver relação com um quadro de ansiedade ou depressão, e por isso é necessário estar acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Mas se os sintomas são pontuais, saiba que alimentação e mau humor andam de mãos dadas! Garfield mau humor

 Serotonina

Certamente você já ouviu falar nela, mas talvez a importância desta substancia na sua rotina não esteja tão clara. A serotonina é um neurotransmissor responsável por inibir a raiva e agressão, e controlar nosso humor, sono e até fome e apetite. Em resumo, a serotonina é uma das grandes responsáveis pela nossa sensação de bem estar.

Por isso, quando a serotonina estar baixa, pode ser uma das causas do mau humor, ou pode ser que as dificuldades para dormir e a vontade de comer o tempo todo apareçam mais, e até a vontade de comer doces seja maior…

Para aumentar a serotonina

Atividade física regular

atividade física e serotoninaAlém dos outros inúmeros benefícios de praticar exercícios físicos, a prática regular aumenta a produção de serotonina, e por isso aumentam nossa sensação de bem estar

funcionamento do intestino

 

Saúde intestinal

Apesar de ser um neurotransmissor, 90% da concentração da serotonina está no trato gastro intestinal – portanto cuidar bem do funcionamento intestinal fisiológico é essencial – veja este post.

Alimentação

Alguns alimentos são capazes de aumentar a produção de serotonina e outros a melhorar nossa sensibilidade ao neurotransmissor, e estas duas estratégias aliadas provavelmente irão colaborar muito (e rápido!) com a sua melhora de humor:

garfield feliz serotonina

  • Triptofano é o aminoácido precursor da serotonina, então buscar por alimentos que o contenham é um excelente caminho: castanhas e sementes oleaginosas, abacate, leite e derivados, banana, abacaxi,  cacau ou chocolate amargo.
  • Vitaminas do complexo B também participam ativamente da síntese de serotonina, então não deixe de consumir carnes, folhas verde escuras, ovos, cereais integrais(como  aveia, quinoa, arroz integral), leguminosas (ervilha, lentilha, grão de bico). Outros nutrientes importantes para a formação da serotonina são o magnésio (sementes no geral – especialmente de abobora, castanhas e cereais integrais) e vitamina C (tomate, brócolis, pimentão, frutas cítricas, goiaba, acerola)
  • Para melhorar a sensibilidade dos receptores de serotonina nos neurônios, é importante ter alimentos ricos em cromo (nos cereais integrais, levedo de cerveja, cogumelos, aspargos, ameixa e nozes); gorduras tipo ômega 3, presente nas sementes de linhaça e chia, abacate, peixes como atum, sardinha e salmão, e castanhas no geral. Além disto, açúcar, cafeína e gorduras em excesso também reduzem esta sensibilidade, então convém evitar doces e bebidas cafeinadas, como o café e chás escuros tipo preto ou mate, e gorduras trans– presentes nos industrializados em geral.

Serotonina no seu prato

De nada adianta saber o que se precisa comer para melhorar o humor se não há aplicação na mesa, não é mesmo? Então elaborei algumas ideias que podem ser aplicadas no dia a dia e deixar seu menu de bom humor:

Menu CM e lanches serotoninamenu A e J serotonina

Viu só como alimentação tem tudo a ver com mau humor?!

Assinatura Thais C. LaraNutricionista

Nutrir Bem – novo formato, novo começo

By Vida de nutriNo Comments

Depois de, literalmente, um longo inverno sem aparecer por aqui, agora junto com a primavera, o blog Nutrir Bem está retornando, com a corda toda, às atividades e postagens.

Este sumiço todo tem justificativa (e das boas!): o blog Nutrir Bem cresceu e é agora também um espaço físico! Nesta temporada mudei de consultório, e temos agora mais espaço e disponibilidade de agenda para atendimento. Esta mudança veio junto com a nova identidade visual do blog, com novo logo, novo layout e nova papelaria!

logo blog nutrir bem

Estou apaixonada por todas estas cores e formatos 🙂

Além disso, estou desenvolvendo novos protocolos de atendimentos, para atender cada vez melhor às necessidades das pessoas que me procuram. Serão novas abordagens, estratégias e suplementações. A atenção especial neste começo de fase nova vai para as  tentantes (mulheres que estão tentando engravidar), gestantes, mães que amamentam e em fase de introdução alimentar dos bebês, e alimentação de crianças. Mas claro, tem também muita novidade para aqueles que buscam a perda de peso, ganho de massa magra, ou apenas se alimentar de uma forma mais saudável!

Estou louca para mostrar um pouquinho desta nova rotina e novo local para cada um de vocês! Acompanhem pelo Instagram e Facebook, e claro, também pelo blog. E aliás, quero sugestões de temas para posts, receitas e a opinião de vocês sobre esta nova fase do Blog Nutrir Bem!

Obrigada pela paciência, e espero que vocês também se divirtam com esta nova fase!

A nutri na TV: quanto tem de açúcar nos alimentos industrializados?

By Alimentos Industrializados, Vida de nutriNo Comments

Na última foi ao ar uma reportagem que gravei para a TV Novo Tempo sobre o consumo de açúcar.

açúcar nos alimentos industrializados

Minha parte foi falar principalmente sobre o açúcar nos alimentos industrializados, que estão “escondidos” e nós às vezes comemos sem saber. Eu fiz a comparação entre 4 alimentos que muitas vezes parecem ser inofensivos, mas que contém sim muito açúcar! Mesmo sabendo que são grandes quantidades, eu sempre me surpreendo quando realmente pego para olhar.

açúcar nos alimentos industrializados_colheres de sopa

Inconformada com o tanto de açúcar no bolinho industrializado, adaptei a receita de bolo integral de banana que já tinha postado aqui por uma outra versão com menos açúcar: substituí metade do açúcar por açúcar mascavo e mel, e a outra metade por purê de maçã (também já falei sobre estas substituições neste post). O resultado final ficou bem gostoso, e com bem menos açúcar do que a versão industrializada (para ver a receita adaptada, clique aqui).

açúcar no bolo caseiro de banana

E vale assistir a reportagem completa, falando sobre o consumo habitual do açúcar, o prazer momentâneo que sentimos e o quanto pode mesmo ser viciante comer um docinho 🙂

 

O poder do hábito

By NutriMotiva, Vida de nutri2 Comments

2015 já começou e essa época é marcada pelas pessoas super motivadas a adotar as resoluções de ano novo às quais se propuseram. Acho ótimo podermos usar esta motivação para transformar essas resoluções em novos hábitos saudáveis para o ano que vem por aí.

Quem passou em consulta comigo nos últimos 2 meses provavelmente me ouviu falar sobre um livro que estava lendo, “O Poder do Hábito”, do Charles Duhigg.

o poder do habito, habito saudável, vida saudável

O Poder do Hábito, de Charles Duhigg – Editora Objetiva

Eu gostei muito do livro, indiquei para várias pessoas, e me fez pensar bastante em o quanto os hábitos são importantes no nosso dia a dia.

“Os hábitos surgem porque o cérebro está sempre procurando maneiras de poupar esforços. Os hábitos permitem que nossas mentes desacelerem com mais frequência, e nos permitem parar de pensar constantemente em comportamentos básicos, como andar e escolher o que comer” – trecho do livro

Isso significa que os hábitos deixam nossos cérebros mais eficientes e permitem que alguns comportamentos entrem em modo automático para darmos mais atenção à outras coisas. Quando um hábito surge, o cérebro deixa totalmente de participar das tomadas de decisões. E estes hábitos podem ser tão fortes que fazem com que nosso cérebro recorra a eles acima de tudo, muitas vezes inclusive do bom senso e boa saúde. Isto pode justificar um dos motivos pelo qual as vezes é tão difícil abrir mão do refrigerante na hora do almoço ou da pizza da 6ª feira a noite – pode ser hábito! No entanto, a parte boa é que isso não significa que os hábitos não possam ser ignorados, alterados ou substituídos. Nós podemos criá-los ou modelá-los de forma consciente.

“Os hábitos – mesmo depois que estão arraigados em nossas mentes – não são um destino inevitável. Podemos escolhê-los, uma vez que sabemos como fazer isso. Tudo o que sabemos sobre os hábitos (…) é que qualquer um deles pode ser alterado, se entendermos como funcionam.” – trecho do livro

Segundo o autor e as pesquisas apresentadas no livro, um hábito é formado por 3 componentes, e a forma que estes componentes se relacionam é chamado loop do hábito. Estes componentes são:

Deixa: que é um gatilho ou estímulo que manda seu cérebro entrar em modo automático

Rotina: que pode ser algo físico, mental ou emocional – é o comportamento que caracteriza o hábito

Recompensa: algo simples que diz para seu cérebro se vale a pena memorizar este padrão de comportamento para ser usado no futuro, no geral algo prazeroso.

loop do hábito, o poder do hábito

O loop do hábito

 

Para criar novos hábitos é necessário identificar um gatilho e receber uma recompensa no final. Então por exemplo, para criar hábito de fazer um lanche no intervalo da manhã, um despertador poderia ser usado como gatilho para lembrar da hora de fazer o lanche, e a recompensa poderia ser: sentir prazer / fazer uma pausa no trabalho / sentir que está se alimentando bem.

loop do hábito, o poder do hábito

Criar hábito de realizar um lanche no meio da manhã

 

E para alterar hábitos já estabelecidos, o primeiro passo é decidir mudá-los! Neste caso, irá precisar identificar as deixas e recompensas que impulsionam este hábito, e buscar alternativas para a rotina. Para, por exemplo, alterar o hábito de comer uma sobremesa depois do almoço, identifique o que faz com que você peça a sobremesa (terminar de almoçar? passa na frente de uma doceria? tem vontade de colocar algo na boca?) e qual a recompensa final (prazer? momento de sociabilização?). Com base nisso, experimente novas rotinas que te ofereçam a mesma recompensa, como por exemplo trocar o doce por uma fruta ou suco natural ou um café, ou ainda escovar os dentes assim que termina de comer.

o poder do hábito, loop do hábito

Mudar o hábito: mantenha a mesma deixa e recompensa, mude a rotina!

Sei que na teoria parece bastante fácil, mas na prática nem sempre é tão simples. Mas este livro fez muito sentido para mim neste momento que tenho percebido o quanto o comportamento das pessoas frente à comida, dita muito de como será sua alimentação – isto é chamado de nutrição comportamental. E muitas vezes ajudar as pessoas a reconhecer e mudar seus hábitos pode ser uma grande ferramenta para associar à conduta de orientação nutricional.

O poder do hábito, hábito saudável

 

Formar hábitos de vida saudáveis, até que se tornem ações quase inevitáveis, é essencial para iniciar ou manter um estilo de vida saudável. A partir de agora vou usar estas técnicas com meus pacientes para ajudá-los a melhorar padrões de comportamento alimentar que nem sempre são benéficos para sua saúde ou objetivo do tratamento.

Para os que quiserem se aprofundar mais no assunto, eu super recomendo a leitura do livro “O Poder do Hábito” – é simples e rápida. E para os que quiserem trocar figurinhas, aguardo os comentários e emails 🙂

Boas Festas

By Vida de nutriNo Comments

Hoje oficialmente termina meu ano profissional, e na mesma medida começam as comemorações e preparo para 2015.

E eu não poderia deixar da agradecer todas as pessoas que fizeram deste 2014 um grande ano de crescimento, amadurecimento e muito trabalho!

THE BEST THINGAVAILABLE

Boas Festas

E até 2015!

Nutrir Bem Viaja: hábitos alimentares franceses

By Nutrir Bem Viaja, Vida de nutriOne Comment

Sair da rotina é sempre bom, voltar à ela nem sempre é fácil… mas é preciso! E cá estou eu, de volta das minhas mini-férias e, finalmente, de volta às atividades 🙂

Estou pensando neste post desde meus primeiros dias na França, quando inevitavelmente comecei a olhar de forma crítica os hábitos alimentares franceses. Apesar da manteiga ser praticamente a base da culinária francesa, é admirável ver o quanto eles se preocupam em se alimentar de forma saudável. Todos os restaurantes oferecem legumes e/ou saladas, e mesmo os fast foods têm esta opção como acompanhamento.

habitos alimentares 1

Algumas das minhas refeições

Foi também bem fácil encontrar alimentos industrializados de boa qualidade: sucos sem adição de açúcar, barrinhas de cereais compostas 100% de frutas e sementes oleaginosas, refeições prontas sem nada de conservantes ou sódio, granolas riquíssimas em fibras, e em todos os mercados uma grande área reservada para oferecer produtos orgânicos.

habitos alimentares 2

Suco natural puro, sem açúcar; e snack de maçã sem açúcar, conservantes e adoçantes

Fora isso, me chamaram bastante a atenção as propagandas de alimentos na TV. Notei que junto com a propaganda dos alimentos, aparecia um alerta sobre alimentação saudável ou sobre os malefícios do consumo excessivo daquele produto para a saúde.

Fui pesquisar, e descobri que trata-se de um programa do governo chamado Manger Bouger (na tradução Comer Movimentar) e é uma medida de saúde pública, que tem como objetivo educar o público e fornecer orientações nutricionais e assim, contribuir para a prevenção de doenças associadas ao consumo alimentar inadequado. Não é demais?! Então, por meio deste programa, desde 2007 existe uma lei francesa que obriga que propagandas de alimentos e bebidas que tiverem adição de açúcar, sal, adoçantes ou sejam alimentos processados, introduzam em seu anúncio alertas de saúde e alimentação saudável. Mas eles fazem questão de alertar que a presença da mensagem na propaganda não significa que o produto anunciado seja bom ou ruim. Por outro lado, a divulgação de produtos como chás, café, sucos naturais, leite, frutas, legumes, ovos, ervas e especiarias, carnes e enlatados que não tenham adição de nada exceto água, são dispensados do alerta. Legal, não?

governo frances

Mensagem do Manger Bouger: “Ao menos 5 frutas e legumes por dia”

E já tiveram resultados positivos! 1 ano depois da aplicação desta nova medida, uma pesquisa mostrou que 87% da população da França recebia de forma positiva as mensagens inseridas na publicidade, e que 71% deles já tinham memorizado as mensagens poucos meses após a introdução. E claro, a maioria da população concorda que esta é uma boa maneira de aumentar a conscientização sobre a importância da alimentação equilibrada.

Por fim, sendo eu uma nutricionista viciada em alimentos, não pude deixar de visitar inúmeras vezes mercados municipais, sacolões, feiras de rua etc. Me encanta ver a imensa variedade que podemos ter dos mesmos alimentos que já estamos habituados….

mercado livre

Da esquerda para a direita: 1) pimentões, 2) cenoura branca e laranja, 3)laranja e maçã verde 4) couve flor roxa e laranja 5) vários tipos de batata 6) vários tipos de abóbora 7) ervas variadas 8) groselha 9) outras abóboras #tanaepoca 10) vários tipos de repolho 11) cogumelos secos 12) morangos branco e vermelho

 Ainda tenho muuuuito o que falar sobre esta experiência na França…

Em breve, novos posts 🙂

Volto já

By Vida de nutriNo Comments

Em setembro normalmente começa a corrida contra o tempo para o tão sonhado #projetoverãosemcanga. Bem, meus pacientes e quem me acompanha há mais tempo sabe que eu sou adepta ao movimento #projetoverãopravidatoda, apoiando os argumentos de que as mudanças de estilo de vida devem ser duradouras e não depender apenas do biquini do final do ano. Mas de uma forma ou de outra, sei que tem muita gente que se motiva a melhorar a alimentação nesta fase, e por causa dela acaba mesmo aderindo às orientações com uma visão mais a longo prazo.

Para me preparar para esta avalanche pré-verão, este post é especialmente para dizer que estarei afastada nas próximas 2 semanas por motivo de mini férias e atualização profissional… Isso mesmo, lá vou eu escutar as batidas do meu coração, recarregar as baterias e modernizar o HD interno.. é só o que digo, aguardem, volto com novidades! 🙂

volto já

Belém do Pará: Ver-o-peso

By Refeições saudáveis, Valor nutricional, Vida de nutri2 Comments

A segunda parte do post sobre a viagem à Belém não podia ser outra se não a experiência do Mercado Ver-o-Peso, um dos lugares dos quais eu estava mais ansiosa para conhecer em Belém. O mercado fica às margens da Baía do rio Guajará e era o posto fiscal onde se media o peso das mercadorias que chegavam pelo rio para se cobrar os impostos para a coroa portuguesa. Hoje, é considerado a maior feira ao ar livre da América Latina.

ver o peso

Atualmente o ver-o-peso abastece Belém (e seus turistas) com diversos produtos alimentícios e ervas medicinais, vindos via fluvial do interior do Pará. Um taxista me contou que as mercadorias começam a chegar perto da 01h da manhã, e o maior movimento é até às 7h, quando os revendedores abastecem suas despensas.

mercadorias ver o peso

E por mercadoria entenda: de frutas, legumes, verduras, até castanhas, farinhas e animais vivos!

Depois das 7h, o mercado continua em pleno funcionamento até o início da tarde, e perto das 14h algumas barracas já começam a fechar e se preparar para o dia seguinte.

castanha

A legítima castanha do Pará sendo descascada

Então, claro, foi no ver-o-peso que pude conhecer algumas frutas regionais:

frutas diversas

Jambo: é uma fruta característica das regiões Norte e Nordeste. No Sudeste, só cresce nas áreas mais quentes. Possui baixo valor calórico, e é uma boa fonte de ferro e vitaminas, principalmente as do complexo B.

Ingá: O ingazeiro é a árvore do Ingá, e tem preferência por crescer às margens de rios. Isto por que durante os períodos de cheia, as sementes são espalhadas e semeadas. Ingá em tupi significa algo como ensopado ou embebido, e provavelmente por conta da consistência da polpa. A polpa do ingá é fibrosa e adocicada, com alto valor nutricional. 

Bacuri: uma das frutas mais populares na região norte, o bacuri tem sabor doce e alto valor nutricional. Pode ser usado no preparo de doces, sorvetes, sucos, geleias, etc.

piquiá

 Piquiá: Lembra um pouco o abacate. A casca marrom envolve a polpa amarela, que fica muito aderida ao caroço grande e duro. O caroço contém uma amêndoa dentro.

cupuaçu

Cupuaçú: uma das mais conhecidas frutas do norte, o cupuaçú se assemelha ao cacau. Tem sabor doce, é bastante usado na culinária e gastronomia local. É também de alto valor nutricional, rico em vitamina C, complexo B, ferro, fósforo e proteínas

pupunha

 Pupunha: é a fruta da palmeira que produzo o palmito pupunha! Deve ser consumida cozida, e tem sabor muito parecido com a castanha portuguesa. Tem valor calórico um pouco alto por conta das altas quantidades de carboidratos e proteínas, mas o ponto alto da pupunha é mesmo a vitamina A.

Belém do Pará: Ingredientes e preparações

By O que comer fora de casa, Refeições saudáveis, Vida de nutri2 Comments

Este post está no forno há algum tempo, e fico feliz em ver que finalmente chegou o dia dele entrar no ar. No ultimo feriado, por conta de uma festa de família, fiz uma viagem à Belém.. e é claro que o turismo e gastronomia não ficariam de lado!

Viagens como esta me fazem lembrar o quanto nosso país é grande. Foram pouco mais de 3h de avião para poder viver alguns dias em meio a hábitos de vida as vezes tão diferentes dos nossos aqui no sudeste. Aproveitei esta experiência para conhecer mais preparações e ingredientes que são tão típicos brasileiros, mas que pela distância geográfica de suas origens, correm o risco de passar desapercebidos na nossa cultura alimentar.

Este post foi dividido em duas partes para que não ficasse muito longo. Nesta primeira parte, separei 3 ingredientes e preparações que são absolutamente típicos da região Norte do Brasil, e que têm um ótimo valor nutricional.

Jambú

jambus

Uma erva tipicamente do norte do Brasil (e sudoeste asiático), e presente em quase todos os pratos servidos por lá: risotos, massas, carnes.. até pinga de jambú encontramos por lá! A aparência do jambú lembra muito o espinafre, mas o sabor é um pouco mais suave. O valor nutricional também é semelhante à vegetais como o espinafre: rico em ferro e fibras. Mas o que torna o jambú realmente inesquecível é a sensação de formigamento na língua e lábios depois de comer.

Tucupi

Tucupi servido com jambú
(Imagem da internet)

É um ingrediente bastante frequente nas preparações típicas de Belém, e é característico da cultura popular remanescente da tradição indígena. O Tucupi, em resumo, é um caldo amarelo e bem temperado, a base de mandioca (espécies Brava ou Amarga): descasca-se, rala-se e espreme-se a mandioca para que o amido seja separado do líquido. O amido separado é a famosa goma de tapioca! 🙂 #amo. A cultura popular diz que estas espécies de mandioca não são adequadas para o consumo humano na sua forma crua, por conterem um ácido nocivo à saúde (ácido cianídrico). Então, depois de separado, o caldo da mandioca pre-ci-sa ser cozido e fermentado de forma correta, para eliminar a parte tóxica, e só então poder ser usado na culinária. Por tanto, não tentem fazer em casa. Para provar a iguaria, é melhor ir ao norte do país!  O Tucupi pode ser servido sozinho ou também em acompanhamento a outros pratos, e talvez a mais famosa preparação feita com tucupi seja “Pato no Tucupi”.

Tacacá

Tacacá
(Imagem da internet)

Por fim, o talvez mais típico prato paraense, o Tacacá, que é também uma preparação derivada dos hábitos alimentares indígenas da região do Pará. O tacacá é servido extremamente quente, independentemente do clima ou hora do dia, e é consumido em uma cuia, que é levada diretamente à boca. O tacacá é basicamente composto por: tucupi no fundo da tacacazeira, goma de tapioca na sequencia, ramos de  jambú por cima, e depois os camarões secos. Jambú por cima, para completar a cuia, pode ser opcional. Na hora de consumir, as pessoas podem optar por ter o auxílio de um palitinho para levar o jambú e os camarões à boca.

A pessoa que prepara ou vende o tacacá é chamada de tacacazeira, e pode permanecer por gerações vendendo tacacá no mesmo local.

Um estudo realizado na Universidade Federal do Pará avaliou 50 amostras de tacacás vendidos em Belém e constatou que a preparação é em geral de baixa caloria, com boa distribuição de carboidratos, proteínas e lipídios, e assim trata-se de uma preparação saudável que pode ser consumida de forma regular.